Desconto Indevido do INSS: Descubra como Recuperar seu dinheiro

Imagine que você é um aposentado ou pensionista e, todo mês, recebe seu dinheiro do INSS, certo? Agora, imagine que, sem você saber ou autorizar, algumas associações começaram a descontar um valor do seu benefício todos os meses.

É como se uma parte do seu dinheiro sumisse antes mesmo de chegar na sua mão.

O que aconteceu nessa fraude?

Basicamente, algumas associações fizeram acordos com o INSS para poder descontar mensalidades diretamente da aposentadoria ou pensão das pessoas. A ideia era que essas associações ofereceriam serviços em troca, como assessoria jurídica, convênios com planos de saúde, academias, etc.

O problema é que, em muitos casos, os aposentados e pensionistas:

  1. Nunca pediram para se associar: Ou seja, não autorizaram esses descontos.
  2. Foram enganados: Às vezes, assinavam papéis sem entender direito do que se tratava, ou até mesmo tinham suas assinaturas falsificadas.
  3. Não recebiam os serviços prometidos: Muitas dessas associações nem tinham estrutura para oferecer o que prometiam.

Então, na prática, era um dinheiro descontado do benefício do aposentado que ia para essas associações, muitas vezes sem que a pessoa soubesse ou recebesse algo em troca. Por isso, é como se fosse um “empréstimo” que a pessoa não pediu, pois um valor era retirado do pagamento dela todo mês.

Qual o tamanho do problema?

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriram que esse esquema movimentou bilhões de reais! Milhões de aposentados e pensionistas foram afetados em todo o Brasil.

O que está sendo feito?

As autoridades fizeram uma grande operação, chamada “Operação Sem Desconto”, para investigar e parar essa fraude. Algumas medidas foram:

  • Investigar as associações envolvidas.
  • Suspender os descontos considerados ilegais.
  • Afastar funcionários do INSS suspeitos de facilitar o esquema.
  • Bloquear bens dos envolvidos para tentar recuperar o dinheiro.

E para quem foi prejudicado?

Se um aposentado ou pensionista desconfiar que está sofrendo esses descontos indevidos, ele pode:

  1. Verificar o extrato do INSS: Olhar com atenção todos os descontos que aparecem lá, especialmente os de “mensalidade associativa”.
  2. Cancelar o desconto: Pelo aplicativo “Meu INSS”, pelo telefone 135 ou diretamente na agência do INSS.
  3. Pedir o dinheiro de volta: É possível solicitar o ressarcimento dos valores que foram descontados sem autorização.

Resumindo, a fraude do INSS foi um esquema onde associações descontavam valores indevidos das aposentadorias e pensões, muitas vezes sem o conhecimento ou consentimento dos beneficiários, que acabavam perdendo uma parte do seu dinheiro mensalmente.

O que é considerado fraude no INSS?

Fraude no INSS é toda ação dolosa que vise obter, manter ou aumentar indevidamente benefícios previdenciários. Exemplos comuns:

  • Apresentação de documentos falsos (RG, CPF, laudos médicos).
  • Declaração inverídica de contribuições ou dependentes.
  • Uso de benefício de pessoa falecida.

Qual a pena para quem frauda o INSS?

O estelionato previdenciário é tipificado no Código Penal (art. 171) e na Lei 8.212/1991 (art. 7º, VI). As penas podem incluir:

  • Reclusão de 1 a 5 anos;
  • Multa proporcional ao valor do dano causado ao sistema previdenciário.

Como saber se fui fraudado pelo INSS?

Para identificar possível fraude, verifique:

  1. Extrato de pagamentos (no portal Meu INSS).
  2. CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).
  3. Comunicados oficiais ou notificações enviadas pelos Correios.
  4. Diferenças entre o valor contratado e o valor efetivamente recebido.

Onde denunciar fraude ao INSS?

Você pode registrar denúncia em:

  • Telefone 135 (Central de Atendimento INSS).
  • Ouvidoria do INSS (no portal Meu INSS).
  • Ministério Público Federal – seção local de combate à corrupção.
  • Agência da Previdência Social – pessoalmente, com protocolo.

O que é estelionato contra o INSS?

É o crime de obter vantagem financeira ilícita em prejuízo da Previdência Social, mediante artifícios fraudulentos, falsificação de documentos ou declaração falsa de fatos que gerem direito a benefício.


O que acontece quando uma pessoa é denunciada no INSS?

  1. Análise preliminar pela equipe de investigação interna.
  2. Suspensão ou bloqueio provisório do benefício, se houver indícios fortes.
  3. Instauração de procedimento administrativo para apurar responsabilidades.
  4. Possível encaminhamento à Polícia Federal e ao Poder Judiciário.

Como o INSS descobre irregularidades?

  • Cruzamento de bases de dados (CNIS, eSocial, FGTS).
  • Auditorias periódicas e fiscalizações nas agências.
  • Avaliação de denúncias de beneficiários e servidores.
  • Análise de padrões anômalos de concessão e pagamento.

O que é suspeita de fraude?

É toda situação em que há indícios de irregularidade, como:

  • Documentos com divergências de data ou rasuras.
  • Benefícios pagos a pessoas já falecidas.
  • Valores repetidos ou incompatíveis com a margem consignável.

Quais são os crimes previdenciários?

  • Estelionato previdenciário (art. 171 do CP).
  • Falsidade ideológica (art. 299 do CP).
  • Uso de documento falso (art. 304 do CP).
  • Corrupção ativa e passiva (arts. 317 e 333 do CP).
  • Apropriação indébita previdenciária (quando servidor se apropria de valores de terceiros).

Como saber se estou sendo fraudado?

  • Compare seus extratos bancários com o valor oficial do benefício.
  • Acesse o Meu INSS para conferir histórico e natureza dos lançamentos.
  • Solicite auxílio na agência mais próxima para imprimir comprovantes.

Como conferir a autenticidade do INSS?

  • Certifique-se de que está no site oficial: https://meu.inss.gov.br (domínio gov.br).
  • Verifique o cadeado de segurança (HTTPS) no navegador.
  • Confirme se as mensagens recebidas vêm de canais oficiais (135 ou correspondência com logo do INSS).

Como saber se o cheque é fraudado?

Embora mais raro em benefícios, para qualquer cheque suspeito:

  1. Analise elementos de segurança (marca d’água, fio de segurança).
  2. Verifique assinatura e carimbos autênticos do banco.
  3. Consulte o banco emissor antes de compensar.
  4. Em caso de dúvida, peça exame pericial em cartório.