A restituição do Imposto de Renda é o momento mais aguardado pelos contribuintes que, ao longo do ano, pagaram imposto a mais.
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O que muita gente não sabe é que é possível aumentar o valor a receber com medidas simples e 100% legais. Essas estratégias envolvem desde a escolha do modelo de declaração até o aproveitamento máximo das deduções permitidas.
Veja a seguir as principais dicas para garantir uma restituição maior e receber de volta o que é seu por direito.
1. Escolha o modelo de declaração mais vantajoso
No final do preenchimento da declaração, o programa da Receita permite comparar os dois modelos disponíveis:
- Simplificado: aplica um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos, limitado a R$ 16.754,34.
- Completo: utiliza todas as deduções legais (gastos com saúde, educação, dependentes, previdência etc.).
💡 Dica: Se você teve muitos gastos dedutíveis no ano, o modelo completo costuma gerar maior restituição.
2. Inclua todas as despesas médicas dedutíveis
As despesas médicas podem ser deduzidas integralmente, sem limite de valor. Isso inclui:
- Consultas médicas e odontológicas;
- Exames laboratoriais e de imagem;
- Internações, cirurgias e fisioterapias;
- Plano de saúde pago mensalmente.
⚠️ Exija sempre o recibo com nome, CPF/CNPJ e valor pago. Sem comprovante, a dedução não é válida.
3. Declare corretamente os dependentes
Você pode deduzir R$ 2.275,08 por dependente, além das despesas médicas e escolares vinculadas a eles. Podem ser dependentes:
- Filhos até 21 anos ou até 24 anos se estiverem estudando;
- Cônjuge ou companheiro(a);
- Pais, avós ou irmãos sem renda, desde que sob sua responsabilidade;
- Recém-nascidos (desde que com CPF).
💡 Lembre-se: ao incluir dependentes, é preciso declarar também a renda deles, se houver.
4. Dedique atenção às despesas com educação
Você pode deduzir até R$ 3.561,50 por ano, por pessoa, com despesas educacionais do titular e dos dependentes. São aceitas:
- Educação infantil (creche e pré-escola);
- Ensino fundamental e médio;
- Educação superior (graduação, pós, mestrado, doutorado);
- Ensino técnico e profissionalizante.
⚠️ Cursos de idiomas, música e esportes não são dedutíveis.
5. Aproveite a dedução da previdência privada (PGBL)
Se você tem um plano de previdência privada do tipo PGBL, pode deduzir até 12% da renda bruta anual, desde que também contribua para o INSS.
Essa é uma das formas mais eficazes de reduzir o imposto a pagar e aumentar sua restituição no ano seguinte.
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6. Informe corretamente o pagamento de pensão alimentícia
Pagamentos de pensão judicial determinada por sentença são integralmente dedutíveis. Isso pode impactar diretamente o valor da restituição.
⚠️ A pensão deve estar prevista em decisão judicial ou escritura pública para ser aceita como dedução.
7. Declare o INSS de empregado doméstico (se permitido no ano)
Em alguns anos, o valor pago de INSS do empregado doméstico também é dedutível. Fique atento à legislação do ano vigente para verificar se essa dedução ainda está disponível.
8. Declare tudo com atenção e revise antes de enviar
Erros na declaração podem fazer sua restituição ser retida na malha fina, atrasando ou até anulando o pagamento. Revise:
- Dados dos dependentes e CPF;
- Rendimentos informados corretamente (use os informes oficiais);
- Despesas médicas e educacionais com CNPJ e valores precisos;
- Dados bancários corretos para recebimento.
9. Envie sua declaração nos primeiros dias
Quem entrega a declaração logo no início do prazo, e sem erros, costuma receber a restituição nos primeiros lotes. A Receita dá prioridade a:
- Idosos, pessoas com deficiência e professores;
- Quem opta pela restituição via Pix;
- Quem envia cedo e sem pendências.
Conclusão
Aumentar o valor da restituição do Imposto de Renda não exige truques ou riscos. Basta conhecer as deduções legais, organizar seus comprovantes e preencher a declaração com atenção e estratégia.
Com planejamento, você recupera valores importantes e ainda fortalece sua saúde financeira. Aproveite essas dicas, prepare seus documentos e maximize sua restituição de forma segura e inteligente.
