É mais comum do que parece: milhares de brasileiros têm valores esquecidos em bancos, cooperativas ou instituições financeiras.
Isso acontece por diversos motivos — muitas vezes, simples mudanças de rotina fazem com que o dinheiro fique parado por anos sem que a pessoa perceba. Veja os perfis mais comuns:
1. Pessoas que já trocaram de banco
🔹 Situação comum: Quem já teve conta em um banco e, por qualquer motivo, trocou de instituição (por exemplo, por exigência do empregador ou vantagens em outro banco).
🔹 O que pode ter ficado para trás: Saldos residuais, tarifas cobradas indevidamente e até valores de serviços bancários não utilizados.
🔹 O que fazer:
- Lembre-se de todos os bancos nos quais você já teve conta.
- Faça uma consulta no site do Banco Central com seu CPF.
- Se houver valores, siga o passo a passo de resgate.
2. Quem encerrou contas há muitos anos
🔹 Situação comum: Contas correntes ou poupanças que foram encerradas, especialmente nos anos 90 e 2000.
🔹 O que pode ter ficado para trás: Tarifas devolvidas, valores esquecidos durante o encerramento, saldos não movimentados.
🔹 O que fazer:
- Não importa o tempo: até contas de mais de 20 anos podem ter saldo.
- Faça uma lista de bancos em que você teve conta antiga.
- Consulte gratuitamente o sistema do Banco Central.
3. Quem teve consórcios, contas-salário ou poupanças inativas
🔹 Situação comum: Participação em consórcios encerrados, contas-salário usadas por curto período ou poupanças que ficaram inativas.
🔹 O que pode ter ficado para trás: Restituição de taxas administrativas, saldos de cotas, juros não sacados.
🔹 O que fazer:
- Lembre-se de consórcios de carros, imóveis ou serviços antigos.
- Inclua contas abertas apenas para receber salários temporariamente.
- Verifique se há valores esquecidos usando o CPF.
4. Autônomos com contas para negócios informais
🔹 Situação comum: Autônomos que abriram contas para movimentar pagamentos, receber Pix, emitir boletos, etc.
🔹 O que pode ter ficado para trás: Saldos de recebimentos, tarifas devolvidas, valores de plataformas digitais.
🔹 O que fazer:
- Verifique se você usava contas de bancos digitais ou fintechs (Nubank, Inter, etc.).
- Consulte o CPF no site do Banco Central.
- Mantenha sua conta Gov.br ativa para facilitar o resgate.
5. Trabalhadores que mudaram de cidade ou estado
🔹 Situação comum: Quem se mudou e teve vínculo com cooperativas de crédito ou bancos regionais.
🔹 O que pode ter ficado para trás: Depósitos esquecidos, dividendos não recebidos, restituições locais.
🔹 O que fazer:
- Lembre-se de instituições financeiras locais da sua antiga cidade.
- Consulte o sistema de valores a receber.
- Siga as instruções de cada instituição se for necessário contato direto.
BÔNUS: Casos de pessoas falecidas
🔹 Situação comum: Familiares que faleceram e deixaram valores em contas bancárias que não foram encerradas corretamente.
🔹 O que pode ter ficado para trás: Valores esquecidos em nome do falecido, consórcios, seguros ou poupanças não acessadas.
🔹 O que fazer:
- Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br.
- Insira o CPF e data de nascimento da pessoa falecida.
- Se houver valores, siga as orientações para herdeiros (inventário, termo de responsabilidade).
Resumo final: Como agir se você se identificou com um dos perfis acima
- Acesse o site oficial: valoresareceber.bcb.gov.br;
- Informe seu CPF e data de nascimento;
- Faça login com conta Gov.br (nível prata ou ouro);
- Siga o passo a passo fornecido pelo sistema;
- Resgate seus valores via Pix ou conforme orientações da instituição responsável.